quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

BENTO XVI – Uma viagem quase impossível


Cinco meses depois de vir a Portugal, Bento XVI empreende uma viagem completamente diferente ao Reino Unido. Foi Chefe de Estado, Sucessor de Pedro, Pastor, ecuménico, penitente, corajoso, cordial, amigo. Tal como aconteceu em Portugal a Comunicação Social não foi benigna antes do acontecimento. Profetizou um fracasso, um pretexto para protestos e até uma oportunidade para o Papa receber ordem de prisão. O balanço final nada teve a ver com os agoiros.

A Inglaterra é indiscutivelmente uma referência no nosso tempo, de história, cultura, liberdade e comunicação. Mas raramente se diz que no Império de Sua Majestade ser católico é ter um estatuto menor, como que infiel a um país que há quinhentos anos escolheu o seu "Papa" e lhe presta fidelidade, onde o político e o religioso se misturam com ar benigno e natural. Noutro país seria considerado subdesenvolvimento ou terceiro-mundismo.

Há as feridas da história e não poucas, há recentes passos de aproximação entre a Igreja Católica e Anglicana, que voltaram atrás com as conhecidas decisões "fracturantes" da Igreja Anglicana. Foi este terreno minado que Bento XVI pisou, com a agravante dos escândalos inqualificáveis na Igreja Católica em muitos pontos do mundo e com uma incidência gravíssima nos Estados Unidos da América, Irlanda e Bélgica. Juízes implacáveis, de dedo em riste, esperavam Bento XVI.

O programa tinha alguns laivos aparentes de provocação: o Papa propôs - se beatificar um "adversário" do Anglicanismo - Newman -, saudou os que recentemente se converteram ao catolicismo pelas roturas com a Igreja nacional. Foi cordialmente recebido pelas autoridades civis e religiosas e com um entusiasmo e vivência profunda pelos católicos que, sendo minoria, se entregaram militantemente a esta causa que era muito mais que a visita deste Papa. Era um todo, momento único de dificuldade e diálogo entre duas Igrejas e dois Estados com todas estas feridas de permeio. A dignidade das celebrações, a participação viva da multidão, a ausência de qualquer triunfalismo, fizeram deste tempo um grande momento da Igreja neste início de milénio, com um Papa idoso, olhado ainda com preconceitos, mas com uma fé, uma firmeza e um porte humano de extrema delicadeza e respeito. E extrema lucidez e coragem. Na histórica celebração ecuménica de Westminster soube apontar o inimigo comum dos crentes: o secularismo. Apesar das fixações de alguns media, desde a BBC à TV Al Jazeera e canais portugueses - como se nada mais houvesse que a referência à pedofilia - o discurso global de Bento XVI deu ao mundo uma imagem diferente da Igreja Católica e da figura que para muitos é tida como de divisão mas que na realidade é referência religiosa e humana no nosso mundo: o Papa. Para além da figura concreta que desempenha essa missão.

António Rego

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Verão, tempo de Férias


Início de Julho, inicio de mais um período de férias. Com certeza que este tempo não será vivido de igual forma por toda a gente.
Com mais uma crise instalada no nosso país e em toda a Europa mas, não vivida de igual modo por toda a gente - ainda é só para alguns, embora seja para a maioria - faz com que muito boa gente não tenha meios para poderem usufruir de umas merecidas férias.
Depois de um ano intenso, vivido mesmo para além dos afazeres do quotidiano, tivemos um ano cheio de belos momentos.
A visita de Sua Santidade Bento XVI a Portugal foi, sem duvida, o maior acontecimento que se viveu no nosso país. A sua visita, pela sua presença e principalmente por tudo quanto nos disse, não nos sai da memória e seria muito bom que tão cedo não nos esquecêssemos das palavras sábias e até incomodas que proferiu nos diversos discursos e homilias que fez entre nós, portugueses: em Lisboa, em Fátima e no Porto, já publicadas e estão disponíveis para quem quiser refletir os textos tão belos e cheios de conteúdos e ensinamentos que nos farão pensar sobre o testemunho do SER cristão no mundo e na Igreja.
Tempo de Férias. Tempo de descompressão de sair fora das rotinas diárias, de desligar o despertador, das refeições apressadas e mal comidas, das correrias de levar os filhos à escola, dos atropelos nos transportes públicos e dos momentos enervante passados nas grandes filas de transito.
Tempo de Férias. Tempo de viver em familia e com a familia, de descanso quer seja na praia, quer seja no campo ou até, mesmo, sem sair de casa. Seria muito bom que aproveitássemos este preciosíssimo período de tempo para, realmente, viver; viver sem esquecermos a nossa vida espiritual. Não nos esquecermos de que mesmo nas férias, Jesus Cristo espera por nós na Eucaristia dominical. Para qualquer destino que possamos partir, há uma igreja de portas abertas para nos acolher; há um Sacrário com Jesus Sacramentado, onde podemos parar e conversar com Ele por uns momentos.
Não fassamos do Tempo das Féria, mais um tempo de novas correrias e de novas rotinas, sem tempo para parar, retemperar forças e de por as nossas conversas em dia com Deus.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Características das relações do casal


Hoje, proponho-me a fazer uma, pequena, reflexão sobre algumas características de relações do casal, homem e mulher e não de outra coisa qualquer, a que nos dias actuais se dá o nome de casal.

Refiro-me, concretamente, aos chamados casais entre pessoas do mesmo sexo.
Nesta pequena reflexão, proponho que a façamos todos, sobre as principais exigências e ao mesmo tempo contradições que, as novas formas de viver em casal e em família, nos trouxeram, em comparação com os tempos da minha infância e juventude e nos tempos dos nossos familiares mais velhos.
As familias mais antigas, viviam de maneira simples, unidas e sem o "chamamento" ao consumo desenfreado, até ao ponte de ser preciso recorrer à DECO para encontrarem formas de pagarem as dívidas, contraídas pela atração a um exagerado consumo de bens desnecessários.
Depois, há vários motivos a que chamo "normais" que, levam os casais a deixarem que o seu Matrimónio se desmorone.
Esses motivos ou pontos de desencontro, que não vou refletir um a um, deixo isso para que cada um o possa fazer por si próprio, são motivos que, com os quais os nossos jovens casais, não são capazes os ultrapassar e são, muitas vezes as causas que motivam o desmoronamento de muitos casamentos.
Os pontos que quero chamar a atenção e à reflexão de todos são:
  • Competição entre os esposos.
  • Falta de tempo para dialogar e para dedicar à família.
  • Filhos educados por terceiros.
  • Infidelidade.
  • Alcoolismo e toxicodependência.
  • Dificuldades com a família um do outro.
  • A rotina.
Se refletirmos, bem, estes vários pontos, encontraremos os motivos principais, porque os casais que vivem sem uma preparação, constante no seu Matrimónio se tornem, muitas vezes, em famílias desequilibradas, até se desfazerem.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A preparação dos casais para o Matrimónio cristão


O Sìnodo dos Bispos de 1980, aponta para duas formas de preparação pra o Matrimónio: a remota e a próxima.

A remota; a começar na infância e prosseguindo na pré-adolescência e adolescência, desenvolvendo-se na Família, na escola e nos grupos de formação. Mas, é essencialmente na família que se constroi os valores de carácter; assentes no desenvolvimento da pessoa, para um Matrimónio estável e fecundo.

Quanto à preparação próxima, esta desenvolve-se durante o periodo do noivado. A evangelização também está presente no namoro.

Durante esse tempo, os noivos, devem desenvolver e observar a realidade de cada um e, cada um, deve revelar-se ao outro a fim de poderem chegar a um compromisso sentido e responsável, ou seja, a um compromisso evangélico: ser um para o outro, até ser um só.

Tudo isto irá culminar no conhecimento de um Matrimónio cristão, sustentado na fidelidade, na unidade e na fecundidade. Tornando-se numa união que deve permanecer para lá das dificuldades que irão surgindo no decerrer da vida, tendo em conta que tudo é Graça de Deus. E é na Fé, que testemunham e se desponibilizam, para serem uma família educativa na sociedade e na Igreja.

Nesta formação, o Movimento das Equipas de Nossa Senhora teve, e tem, uma responsabilidade acrescida. Foi no seu seio que, nasceram e se desenvolveram os Centros de Preparação para o Matrimónio, mais conhecidos por C.P.Ms. Muitos dos casais que militam neste Movimento, continuam a dificil tarafa de ajudar os noivos a encontrarem o caminho mais certo, para que, o seu Matrimónio seja um Matrimónio feliz.

quarta-feira, 10 de março de 2010

RMI Quaresma Mojate

Quaresma, Tempo aberto a uma nova Vida. Podes vive-la de forma confiante. Abre-te às maravilhas do Senhor!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Encontro Tayzé -Porto 2010.wmv

Missão 2010. A convite de D. Manuel Clemente, bispo do Porto, No fim de semana do Carnaval a comunidade de Tayzé promoveu um encontro na cidade. Cerca de 6000 jovens de vários países participaram no encontro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A escassa preparação dos casais para o Matrimónio


Na última metade do século XX, deu-se uma reviravolta na forma de viver o Matrimónio. Passou-se de um casamento fundamentado no amor entre duas pessoas -homem e mulher -,sinalizado e abençoado pelo Sacramento do Matrimónio, em que os esposos viviam um para o outro, para constituir e viver em família para, em grande parte dos casos, uma união entre duas pessoas sem acederem a normas legais, quer do Estado quer da Igreja, a que hoje chamamos "união de facto". Para além disso, ainda se deu o aumento de casos de divórcio, que até aí era uma coisa muito rara ou até impensavél.

É na maioria dos países, chamados, desenvolvidos, que estes casos mais decorrem.

Numa carta aos bispos da Igreja Católica, da Congregação para a Doutrina da Fé, são descritas algumas razões para que, tivéssemos chegado ao ponto da insencibilidade e da irreponsabilidade do que é o casamento. Desde a independência dos membros que formam o casal, até à eliminação das diferenças do ser mulher ou homem e, ainda, o querer igualizar a homossexualidade à heterossexualidade.

É no egoísmo, no individualismo, na competividade e no correr para 0 sucesso pessoal, que as pessoas encontram razões para justificar estes modos de viver.

Tudo se resume, na falta de valores, principalmente cristãos e na maioria dos casos, no desconhecimento do Evangelho de Jesus Cristo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Relações Interpessoais a exemplo de Jesus


As relações entre pessoas, aos olhos do mundo, são vistas como relações consumistas; ter, querer, ser: como os outros têm, querem e são.

A competição pessoal, profissional, até, familiar é uma normalidade. É uma coisa natural para que cada pessoa possa atingir os seus objectivos.

As relações entre pessoas vista com os olhos de Jesus e, como Ele se relacionou com as pessoas do seu tempo, são muito diferentes. Eram relações de amor...de santidade...

Nos tempos que decorrem, a falta de amor entre as pessoas é quase como no tempo descrito no Antigo Testamento; "olho por olho, dente por dente".

O papa Bento VI, na sua mensagem para o tempo de Quaresma que se avizinha, diz a dado passo "...o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original...". O egoísmo das pessoas é o factor difícil e quase inutrapassavel. É claro, e graças a Deus, que nem todas as pessoa são iguais. Existe muita gente com muito bom coração, basta olharmos pela grande onda de solidariedade vivida com o Haiti. Mas é, muitas vezes, mais fácil viver esse solidariedade com quem está longe, do que com quem está mais próximo. Para chegar a esta pobre conclusão, basta repararmos nas relações familiares; divórcios, filhos abandonados, pais depositados em "lares de acolhimento" sem as mínimas condições. Depois as relações no mundo laboral e profissional; invejas, atropelos para se conseguir um "lugar ao sol".

Por hoje já chega, cada um que reflita e veja em que ponto se situa.

Missão 2010 com Maria.wmv

Neste ano,2010, de Missão, contemplar Maria é viver a Missão com a Mãe de Jesus Cristo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Missão 2010.wmv

MISSÃO 2010. Todos, nós cristãos, estamos convocados para vivermos em missão. Pelo baptismo somos incorporados em Cristo. Assim, a no0ssa a missão é dar testemunho de Cristo no ambiente em que vivemos, na família, na nossa rua, no emprego, nos encontros com os amigos... Cristo conta connosco.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Nana Mouskouri - De colores

Hino do Movimento dos Cursilhos de Cristandade

Jesus rezava! Como?


Jesus na sua juventude, tempo de que pouco se sabe, como qualquer criança, concerteza que também brincava acompanhado das outras crinças do seu tempo. Mas uma coisa que Ele fazia, porque, os judeus sedeslocavam várias vezes por dia ao Templo - sinagogas -para rezar. Era obrigação do povo judeu ir, pelo menos três vezes por dia, manhã, meio-dia e à noite, rezar nas sinagogas,

Jesus, judeu que era, também o fazia acompanhado pela sua familia, José e Maria. Para o fazer e, como era tradicional, foi ensinado a Jesus cobrir a cabeça e os ombros com um manto especial chamado "talit", com franjas chadas "zitzit" dependuradas nas quatro pontas.

As franjas do manto representavam todas as leis divinas, que eles cumpriam de coração nos "quatro cantos" ou fases da vida. Mas, sobrepostas, umas sobre as outras, em cada ponta exixtiam 8 franjas, no total 32 franjas, porque o número 32 simboliza a palavra "coração" em hebraico. Deus tinha ordenado a Moisés o uzo dessas franjas no livro do Deuternómio. «Diz aos filhos de Israel que ponham umas franjas na ponta dos seus mantos. Assim ao vê-las, lembrar-se-ão de todos os mandamentos do Senhor». (15,37-41). A partir da adolescência, havia duas orações que um judeu devia recitar cada dia. "Shemá", era a primeira, que em hebraico quer dizer "Escuta". Essa oração começava assim: "Escuta, Israel: Yahvé é o nosso único Deus". Esta oração era mais uma profissão de fé do que, própriamente, uma oração retrirada do livro do Deuternómio (6,4-7). E a segunda era chamada "Shemoné Esre", em hebraico, (Dezoito) porque consistia em dezoito orações (três agradecimentos, três louvores, doze petições a Deus).

Repetidas ao longo do dia, nestas orações o menino Jesus foi aprendendo a chamar "Pai nosso" e foi criando o clima espiritual e religioso em que Ele cresceu.

sábado, 9 de janeiro de 2010

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Jesus o que fez durante a sua "Vida Oculta"?


Uma grande parte das pessoas, ou mesmo todas, sabem que Jesus viveu 33 anos. No entanto só 3 desses 33 anos é que são conhecidos, a chamada vida pública de Jesus, que decorreu nos três últimos anos da sua vida terrestre. Para além desse tempo, também é conhecida por todos o nascimento, a apresentação,o baptismo e pouco mais, a não ser quando Ele tinha doze anos e dasapareceu de seus pais, José e Maria, que o foram encontrar na casa do Pai a dialogar com os doutores «no templo sentado entre os doutores a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quanto O ouviam, estavam estupefactos com a sua intelegência e as sua respostas" (Lc.2,46-47) . Mas, imediatamente a seguir, o Evangelho diz que regressou para Nazaré.

Desde estes dias até ao ínicia da vida pública, Jesus quase que desapareceu "do mapa" e, só volta a aparecer nas bodas de Canaá.

Então onde se terá "metido" durante todo este tempo? Este enigmático silêncio sobre a juventude de Jesus, que durou cerca de 20 anos, fez com que muitos inventassem histórias e relatos incríveis e, alguns com muita imaginação, senão vejamos: assim, "alguns dizem que viajou para Inglaterra acompanhadobpelo seu tio-avô José de Arimateia, onde conheceu o druidismo (a relegião dos celtas) e onde aprendeu algumas das ideias que mais tarde viria a ensinar, como a Trindade e a chegada do Messias.

Outros, afirmam que foi para a Índia, onde os grandes Budas lhe ensinaram a ler, a curar doentes e a realizar exorcismos. Outros garantem que esteve no Egipto aprendendo os segredos dos faraós e enchendo-se de energia misteriosa nas grandes perâmides. E os mais ingénuos pensam que chegou atá à América para se iniciar na sabedoria antiga dos peles-vermelhas". (In Revista Biblica nº326)

Para rebater estas teorias, basta ler, bem, os evangelhos. Em Lc.2, 39-40, diz que: «José e Maria e o Menino regressaram à Galileia, à cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e rebustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele». Num dos relatos que Marcos faz à cerca da Juventude de Jesus, pode ler-se, que Jeus pregou pela primeira vez na sinagoga de Nazaré aos aldeões galileus, ao ouvi-Lo, encheram-se de assombro e disseram: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria...(Mc.6,2-3).

Jesus seria carpinteiro?

Jesus ser carpinteiro ou não, talvez não seja o mais relevante. O relevante é que, era filho do carpinteiro José. Segundo os Escritos Sagrados, Jesus trabalhava na carpintaria de José. «Não é este o filho do carpinteiro?»(Mt. 13,55). «Não é este o filho de José?» (Lc.4,22).